Lamentável o que aconteceu no jogo da Libertadores nesta
última quarta-feira, na partida entre San José e Corinthians, onde há indÃcios de que torcedores corintianos
lançaram o que parece ser um sinalizador na direção da torcida do San José e
consequentemente levou à morte um jovem torcedor de apenas 14 anos do time da casa. Não se
trata de torcida, de ser esta ou aquela, trata-se de atos de um povo, atos que estão
virando cultura e que vem crescendo em nosso paÃs com uma velocidade assustadora,
a falta de valor com a vida humana.
Nosso paÃs vive uma verdadeira baderna, leis da idade da
pedra, falta de segurança, saúde e educação. Nos orgulhamos em ter propagandas
de cerveja que dizem que no momento em que começar o Mundial de 2014, vamos sim
ter bagunça nas ruas, tudo mostrando a maior festa entre as torcidas, mas o que
vemos no dia a dia é gente matando gente no trânsito por coisas fúteis demais. Briga
de trânsito em engarrafamentos, assaltantes que não se contentam mais em levar
o produto do roubo e matam a vitima mesmo se ela não reagir, simplesmente pelo
gosto de matar e se gabar mais tarde por ter “passado” mais um.
A violência no Brasil virou cultura e é levada para fora do
paÃs. Não foi um corintiano que lançou o sinalizador ou o que seja, foi um
brasileiro, acostumado a burlar leis e regras e a causar danos por aqui, pois
aqui, raramente ele paga pelo que faz de errado. Não me entendam mal quando
digo que foi um brasileiro, me refiro assim por nosso paÃs ter leis frágeis
demais e que levam a atos que geralmente ficam impunes. A certeza da impunidade
por aqui, leva o elemento a pensar que pode tudo e que não será
responsabilizado por nada.
Não podemos culpar a torcida do Corinthians pelo ato, partiu
de um torcedor corintiano, mas não é a nomenclatura dele que faz dele um
assassino e sim o que ele é. Dizer que foi a torcida é generalizar demais, claro que a torcida organizada deles é uma das mais baderneiras e violentas, mas são assim porque cada um, tem um caráter individual e quando agem de forma errada, não há punição nenhuma para eles em nosso paÃs. Tenho
amigos corintianos, é um porre falar de futebol com eles, mas eles são gente
boa, como muitos outros corintianos que encontramos por aÃ. Quando falamos em
torcida, falamos em torcer para alguma coisa, em nosso caso, torcer para o
nosso time do coração. Ir ao estádio para brigar, quebrar arquibancada, matar
pessoas, jogar fogos na direção de pessoas, não é torcer, isto não é torcida,
isto tem outro nome: Bandido, assassino, baderneiro ou outro nome imundo que
queira chamar.
Moedas Prejudicam o Santos.
Moedas Prejudicam o Santos.
Quem forma quadrilha é bandido. Quem sai para brigar em
bando é gangue, quem mata em nome de uma paixão é assassino. Quem solta fogos
na direção de outra pessoa, está querendo sim machucar alguém, tem a intenção
de matar sim, já que sabe muito bem o potencial de destruição daquele artefato.
Ninguém joga papel picado para ferir outra pessoa. Precisamos dar nomes aos
bois e punir com rigor quem acha que pode lesar os outros e sair impune. Enquanto
reinar por aqui a cultura da morte, continuaremos presenciando casos como este
em nosso paÃs e lá fora. O remédio para tudo isto chama-se Educação e tem que
ser ministrado desde cedo na vida de um ser humano.
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Violência