Licenciado desde o mês de agosto de 2013,
Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, o Laor, renunciou ao cargo de presidente do
Santos Futebol Clube na quinta-feira (15/05). O ex-mandatário santista
estava licenciado por problemas de saúde e o anuncio foi feito por meio de
ofício enviado ao presidente do Conselho Deliberativo do Peixe, Paulo Schiff e
ao presidente Odílio Rodrigues, do Comitê de Gestão. Com uma nova prorrogação
da licença médica, a permanência de Luis Álvaro como dirigente santista ficou
impossibilitada. Com a renuncia de Laor, Odílio Rodrigues assume de forma
definitiva ao cargo de presidente do Alvinegro Praiano da Vila Belmiro.
Enquanto presidente do Santos Futebol
Clube, Luis Álvaro conseguiu segurar Neymar no time e o Peixe se sagrou campeão
em 6 oportunidades. Foram 3 Campeonatos Paulistas, 1 Libertadores das Américas,
1 Recopa Sul-Americana e 1 Copa do Brasil. Em agosto do ano passado, Luis Álvaro teve uma piora em seu quadro de saúde e precisou se ausentar do comando
do clube. Durante o período que presidiu o clube, o Santos teve um aumento em
sua torcida, talvez por ter Neymar no time e pelas conquistas, mas
aparentemente o Peixe teve uma boa gestão. Luis Álvaro foi o 35º presidente do
Santos Futebol Clube. Neste período, o Santos teve em sua torcida, o maior
crescimento do período entre torcidas do mundo todo, foi mais de 20% de
torcedores que se associaram ao clube santista em três anos.
Conceituado como um dos melhores homens do
ramo dos negócios e apaixonado declarado pelo Santos FC, Laor conseguiu fechar
contrato de cinco anos com a maior estrela santista dos últimos tempos, Neymar,
que acabou deixando o time santista no ano passado. Conseguiu repatriar o
atacante Robinho, ídolo santista de 2002 a 2005, que ao lado de Neymar e um
time cheio de garotos em 2010, conquistou a inédita Copa do Brasil para o
Santos. Coincidência ou não, com a saída de Luis Álvaro, o Santos não conseguiu
mais nenhum patrocinador Máster e sofre com problemas financeiros.
Como todo presidente santista nos últimos
tempos, Laor não conseguiu ser unanimidade entre os torcedores do time. Parte
dos torcedores o culpa pela perda de Neymar e do insucesso no Mundial
Interclubes de 2011. Mas o que não se pode negar é que na era Laor, o Santos
foi novamente o time que encantou e assombrou o mundo com o futebol arte que o
consagrou nos anos 60 e 70. Suas famosas frases: "Não vendemos o artista,
vendemos espetáculo" e que o Santos era "Cirque Du Soleil do
futebol", passou aos santistas a certeza de que poderia esperar sempre um
bom desempenho do time, fatos comprovados em três anos e seis títulos
conquistados.
"Foi um negócio muito pensado. A saúde prevaleceu. A pressão das minhas filhas foi decisiva também. Eu voltaria em agosto e teria mais três meses de mandato em meio à campanha eleitoral. Então, os médicos acharam que eu estaria correndo risco de suicídio, em função da gravidade do que tive no ano passado. Fiquei entre a vida e a paixão. Só que a paixão eu pude usufruir no período que fiquei à frente do Santos, com os títulos e segurando o Neymar. Achei que agora estava na hora de parar. Escolhi sobreviver".
"Foi um negócio muito pensado. A saúde prevaleceu. A pressão das minhas filhas foi decisiva também. Eu voltaria em agosto e teria mais três meses de mandato em meio à campanha eleitoral. Então, os médicos acharam que eu estaria correndo risco de suicídio, em função da gravidade do que tive no ano passado. Fiquei entre a vida e a paixão. Só que a paixão eu pude usufruir no período que fiquei à frente do Santos, com os títulos e segurando o Neymar. Achei que agora estava na hora de parar. Escolhi sobreviver".
Por estes três anos, eu agradeço pelas
conquistas, por tornar o Santos forte novamente e por nos dar a oportunidade de
sentir as mesmas emoções de muitos que viveram e viram os títulos das
Libertadores das Américas de 62 e 63. Continuamos torcendo pela recuperação de
Laor. Que ele possa sentir, livre de qualquer problema, as boas emoções de ser
um torcedor santista, o verdadeiro orgulho que nem todos podem ter.