O sorteio para definir os jogos das
oitavas de finais da Copa do Brasil gerou polêmica. O formato adotado há três
anos, que coloca na competição, times que estavam disputando a Libertadores das
Américas é, de certa forma, uma grande injustiça para os clubes que lutaram
para chegar até aqui, mas não é isto que pensa CBF e empolgados narradores, que
sustentam a ideia de que a competição ganha em emoção.
Um dos apresentadores do sorteio disse que
esta é a competição mais democrática do paÃs. Só se for mesmo a democracia
brasileira, que impõe tudo a contra gosto de todos. Não há nada de democrático,
quando se coloca nas fases finais, clubes que não se esforçaram dentro da
competição. Clubes que não tiveram gastos para atravessar o paÃs para jogar em
campos deteriorados, contra times sem expressão nacional, mas que com toda
certeza tem sua importância.
Não há nada de democrático, quando
introduzem clubes que, provavelmente ficariam pelo caminho, caso tivessem
competindo desde o começo. Muitos grandes clubes já ficaram por diversas vezes
pelo meio do caminho e perderam para clubes como ASA de Arapiraca. Não
desmerecendo o clube de alagoas, mas só usando o ASA para exemplificar, que os
grandes caem diante da garra de muitos times considerados pequenos.
E considerar que Flamengo, vencedor da
primeira edição deste modelo, esteve desde o inÃcio na competição daquele ano,
não pode ser usado como exemplo, já que todos nós assistimos o Goiás ser operado
pela arbitragem em Goiânia, para que o time carioca pudesse passar para a fase
final.
Onde está a democracia, quando clubes que
foram colocados agora nesta fase, disputarão com clubes que estiveram desde o
inÃcio? Ainda mais, quando os mandos de jogos favorecem o clube beneficiado por
este regulamento esdrúxulo.
A polêmica aumentou, quando a modelo, que
pegava as bolas com os números que definiriam quem joga com quem, escolheu uma
bola e jogou ela de volta no pote. Na sequência, a escolha do Vasco para
enfrentar o Flamengo. No meio de tudo isto, o Santos foi sorteado para
enfrentar o Corinthians.
A mecânica de tudo isto:
Flamengo x Vasco = Se não der na bola vai
no apito --> Flamengo classificado.
Corinthians x Santos = Se não der na bola
vai no apito --> Corinthians classificado.
E se nas quartas de finais, o cruzamento
der Corinthians x Flamengo, o sorteio salva os dois do confronto, já que haverá
outro sorteio. O importante mesmo é ter um dos dois nas finais. Se tudo der certo, um deles será campeão, para poder justificar os altos investimentos da TV e de patrocinadores.
Pode-se dizer que esta analogia acima,
parece algo sobre teorias de conspiração, mas que tal saber que Fluminense
estará nas oitavas de finais, colocado por um critério difÃcil de ser
entendido, melhor classificado fora da zona de classificação do ano passado.
Sobre o nosso time, que chegou até aqui
passando por seus adversários, o Santos fará o segundo jogo no Entulhão (Arena
São Paulo), na casa dada com dinheiro público para a gambazada.
Sabedores de tantas sacanagens que
acontecem a todo o momento em nosso podre futebol brasileiro, os torcedores de
Santos e Vasco, já esperam pelos benefÃcios que receberão Flamengo e Corinthians
nos próximos confrontos da Copa do Brasil.
Tudo isto, só serve para desestimular todos os outros clubes, que chegaram até aqui, por méritos próprios. Tiveram gastos e perderam jogadores lesionados durante a competição e agora terão que disputar vagas com que foi colocado. É um modelo injusto e nada democrático.
Assista aqui como foi o sorteio, as
explicações sobre os clubes "premiados", que estarão nas oitavas e a
polêmica devolução da bola no pote:
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