Era Uma Vez, Um Time Da Retranca Chamado Santos.

Imagem de Luiz Moura

Você que viveu o ano de 2018 e irá no futuro responder ao seu filho sobre o Santos Futebol Clube deste ano vai ter uma tarefa um tanto quanto desagradável, ao tentar contar como foram os jogos em uma das piores temporadas de um time.

Vai ter que explicar ao seu filho, como péssimas diretorias dirigiram e afundaram um dos maiores clubes de futebol do mundo. Vai ter que explicar, como um treinador, que arma o time apenas para se defender e assim garantir um empate "honroso" e mesmo assim conseguir que o time saia de campo com outra derrota, se mantém no comando. Vai dizer também, que o time perdia duas partidas em sequência, para então ganhar uma.

E se for falar da história do clube Alvinegro Praiano, além das grandes e honrosas conquistas, não vai conseguir explicar, como muitas gestões conseguiram apequenar o maior time do mundo e transformá-lo em um time medíocre e desonrado. Desde lá, quando foram diminuindo seu estádio, até quando fizeram esquemas horríveis contratando jogador perna de pau a preço de ouro. Mas claro, isto são outras histórias, outros capítulos horripilantes de uma saga de terror envolvendo um gigante.

Mas vamos somente falar de 2018, de um time que disputava três competições e não conseguia parar em pé em nenhuma delas. Alguns vão dizer, que a sequência de jogos entre as competições é muito estressante, então o que dizer do trabalhador braçal, que "trampa" dez horas por dia, seis dias da semana, sob sol e chuva, pra ganhar menos que um salário mínimo e mesmo assim tem fôlego para jogar uma "pelada" no final de semana? Mas a verdade, que com um elenco ruim, não se pode fazer muita coisa Não há peças de reposição e vários titulares não têm aquele olhar de guerreiro, muitos já entram em campo derrotados, amedrontados... É um elenco perdedor.

Bom, com certeza você também vai dizer ao seu filho, sobre o técnico, que arma o time na defensiva, mas que só consegue acumular derrotas enterrando o DNA ofensivo do time. Dirá que o Santos perdeu de três gols na Vila Belmiro e perdeu pela primeira vez para a Luverdense acumulando recordes negativos. Ah! E alguns jogadores e comissão técnica acharam normais estas derrotas, afinal, para alguns deles o Santos parece não passar de um time qualquer.

E a nossa presidência? Diz que a Vila Belmiro é um "puxadinho":
“Vila Belmiro é um estádio puxadinho. Eu vou para a Vila Belmiro e fico angustiado. Não consigo mudar. É com o tempo. E não temos dinheiro. Eu quero pedir um sacrifício de irem para o estádio e me darem um pouco de renda para darmos o que estão pedindo. Eu sempre reclamo disso. Eu vivo reclamando e demandando”, completou. (Fonte Gazeta Esportiva)

Era pra chamar a atenção do torcedor? Mas se a Vila hoje é um "puxadinho", não seria por desastrosas e incompetentes gestões? "Puxadinho"? Pequeno sim, mas tem gente que ama passar por lá e sentir a energia dos grandes tempos, da maior máquina de fazer gols do planeta. E se acaso alguém se sente mal indo lá, é só não ir.

Pelo Instagram oficial comemora-se a classificação com a derrota histórica para o Luverdense, como se tivesse perdido para o Real Madrid.

O empate é sempre bom. As derrotas não significam nada. O presidente santista sente mal indo ao nosso estádio, o ingresso é caro, a torcida não comparece, o time não empolga, o programa sócio torcedor funciona mal.

É... Vai ser difícil explicar este ano.


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